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quarta-feira, 8 de junho de 2011

FESTIVAL DE TEATRO "MÁRIO DE ANDRADE"

Numa iniciativa da Divisão de Cultura de São Roque realizou-se de 02 a 05/06 o 1° Festival Mário de Andrade no Anfiteatro da EMEF Barão de Piratininga.
Tivemos o privilégio de assistir "O Grande Grito" do grupo Luz e Ribalta, última peça dirigida por Zé Renato.
O diretor, que morreu no mês passado, aos 85 anos, foi o fundador e idealizador do Teatro de Arena na década de 50, dirigiu o espetáculo Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, um divisor de águas, que introduz o nacionalismo no teatro brasileiro.
O espetáculo mostra Exu, o Orixá das comunicações e guardião das cidades, furioso, pois uma estátua que o representava fora retirada de um terreiro de Pernambuco pela Missão de Mário de Andrade e abandonada em um depósito. 
Exigindo um lugar de honra para a escultura, a entidade aprisiona o espírito do modernista que, por sua vez, recebe a visita de seu personagem ícone, Macunaíma. Os três iniciam um debate para solucionar o impasse.   
A peça, depois de cumprir temporada em São Paulo, segue para algumas cidades do interior que tem relação com a biografia de Mário de Andrade, como é o caso de São Roque (para quem não sabe, a Capela Santo Antonio, pertenceu ao escritor).
No sábado, Hissa Urkiola apresentou o monólogo EVA e a Criação da Mulher. Baseada num mito hindu, a atriz vivencia e explora as qualidades femininas através de quatro mulheres: uma cigana, uma dançarina, uma noiva e uma índia. Um bom público prestigiou a artista nessa noite muito fria...
E no domingo a CiadeEros encerrou o festival, com Monólogos Impertinentes, apresentando "O Rei que fazia desertos" com Joaquim Marquês  e "Solidão" com Rodolpho Heinz e o ator convidado Lélis Andrade com "Memórias Esdrúxulas".
Este último foi ganhador do FESPIMA (Festival de Performances Individuais de Mairique) no ano de 2007 sob minha direção e os outros dois apresentaram-se também neste mesmo festival neste ano, assim, foi uma oportunidade de reunir no palco a segunda e a terceira geração de integrantes de grupos sob a minha coordenação.
Outro dado que deu "liga" neste projeto, é o fato de nos encontrarmos nos próximos meses em lados opostos na fase regional do Mapa Cultural Paulista. Lélis com a peça "Holoclaustro" representante da cidade de Salto e a CiadeEros com a peça "Era uma vez...", representante de São Roque.



     
O Grande Grito/Grupo Luz e Ribalta

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